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Mostrando postagens de agosto, 2017
existem muitas músicas e muitas poesias que falam sobre o peso do mundo e como ele recai sobre os nossos ombros e curva nossa coluna esmaga nossos pulmões aperta nossos medos contra os nossos ossos eu vou ser mais uma agora falando sobre o peso do mundo abri a porta e sai pra noite enquanto os pecados de são paulo inteira caíam no meu telhado em forma d'água em algum outro lugar dessa cidade eu sou uma pintura de óleo sobre tela de algum ator desconhecido sozinha no meio da chuva com os pés descalços um cigarro queimando entre os dedos suéter cor de rosa puído olhos de nanquim refletindo a luz de um único poste falho da rua em algum lugar de alguma noite passada eu estou me olhando no espelho limpando o batom marsala borrado dos lábios memórias de mãos pelos meus cabelos memórias de vozes sussurradas em meus ouvidos eu tenho uma lista sobre as coisas que eu gostaria de questionar a quem quer que controle esse jogo mas existe algumas enroscadas no meu travesseiro há meses
olha, eu sei sei que não venho sendo eu mesma ultimamente ou talvez eu venha sendo porque afinal de contas eu me perdi nessa noção de quem eu sou de quem eu era e tantas esperanças sobre quem quero ser mas eu... sinto como se estivesse sendo outro alguém ultimamente recolhendo conchas esquecidas pela beira da areia porque você sabe que eu tenho eu sempre tive essa atração terrível por coisas quebradas e, provavelmente eu verdadeiramente não tenho sentido muito ultimamente eu disse em orações pra alguém em quem não acredito na piedade que me julgasse pelos meus pecados e me ensinasse algo então, no final de tudo eu já escrevi mais do que poderia me lembrar sobre perder o rumo sobre precisar de um sinal mas a realidade é que eu precisava de espaço precisava de cuidado precisava de tempo precisava de um perdão que nunca veio e olha, sinceramente tentar proteger você nunca ajudou porque eu nunca pude escolher entre te amar e amar a mim mesma já que as duas coisas nunc
não me deixe não me deixe não me deixe eu a ouço cantando e as palavras são espadas que ultrapassam meus escudos me furam e eu permaneço morta e fria em batalha esperando que as Valquírias venham me buscar pra descansar em Valhala é preciso esquecer tudo que pode ser esquecido ela me diz num francês tão triste soa como um entardecer a sós soa como o som da chuva que me lembra a última vez que a tua alma ainda não me era estranha minhas mãos teus ossos tua pupila ingrata me rouba de alguma forma você me queima nesse fogo vão você me quebra só pra depois me juntar como quer você me abandona só pelo prazer insano de assistir o estrago que causa como posso te dar mais quando te espero um pouco menos que antes? que já te dei que não sabia que tinha? se tudo que era eu agora é nós e somos nada nada nada quero fazer morada no teu peito ser o que você é viver onde você está dormir onde você se deita fumar do teu cigarro ser teu copo de cerveja largado quero ser necessária por favor eu que