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Mostrando postagens de janeiro, 2017
Eu descobri o que era o amor com os pássaros. Sempre que olho pro céu e pras árvores e pros fios de eletricidade da cidade de concreto eu vislumbro a liberdade. Eles, os pacientes semeadores da alvorada, planando numa paz santa e aparentemente intocável por entre as nuvens. Eu sempre vi beleza descomunal na liberdade. Eu sempre vi beleza intensa no amor. Mas eu nunca soube ser os dois. Desde a primeira vez que ouvi que amar era libertar eu busquei por isso. Eu busquei essa paz; sondei todas as esquinas da cidade chamando o amor pelo nome. Você sabe quão triste é procurar por um rosto que você nunca conheceu? Quão frustrante é desejar um amor que você nunca experimentou? Associei o amor à tantas metáforas durante toda a vida. Das que eu me lembro agora: 1. A cair; nas profundezas de um oceano desconhecido, de um penhasco diretamente para as pedras, num buraco negro sem esperança de ver a luz do dia outra vez. 2. A rasgar; rasgar-se de si e partir-se em dois para